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Imagem: Carlos Moura/Agência Senado
Presidente da Conafer é preso em flagrante durante depoimento à CPMI do INSS
Carlos Roberto Ferreira Lopes foi detido após ser acusado de falso testemunho em audiência da comissão; ele foi liberado após pagamento de fiança.
30 de Setembro de 2025 às 09:53
O presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), Carlos Roberto Ferreira Lopes, foi preso em flagrante durante seu depoimento à CPMI do INSS na madrugada desta terça-feira (30). A prisão foi determinada pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do colegiado, após membros da comissão alegarem que Lopes cometeu falso testemunho ao menos quatro vezes durante a sessão. Ele foi liberado ainda na madrugada, mediante pagamento de fiança.
Durante a audiência, o senador Carlos Viana explicou a decisão:
“Durante essa sessão, ficou constatado que o depoente omitiu diversas informações deliberadamente, entrou em contradição em várias delas e, ao ser questionado novamente pelo relator e por membros desta comissão, manteve as afirmações. Essas contradições configuram mentira deliberada e ocultação de informações com intuito de prejudicar as investigações dessa comissão”.
Viana reforçou a gravidade do ato:
“Há um grito na garganta de todos os brasileiros em relação a essa impunidade. [...] Afirmo diante do Brasil: o senhor está preso em nome dos aposentados, das viúvas, dos órfãos do nosso País. Quem rouba aposentado, rouba o Brasil. E, aqui, quem mente paga o preço”.
Histórico e contexto da comissão
Esta é a segunda prisão realizada pela CPMI do INSS. No último dia 22, o sócio do chamado "Careca do INSS", Rubens Oliveira, foi detido pelo mesmo crime de falso testemunho.
Na sessão desta segunda-feira (29), Carlos Roberto Ferreira Lopes prestou esclarecimentos à comissão e negou envolvimento em fraudes relacionadas a desvio de recursos nos descontos de aposentados e pensionistas. O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar, apontou Lopes como um dos articuladores da fraude.
A audiência durou cerca de nove horas, e, após analisar as declarações, o presidente da comissão concluiu que o depoente mentiu, mesmo após ter se comprometido a falar a verdade.
Com informações do Diário do Nordeste.
