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Marília Mendonça possui mais de 20 anos de música para serem lançadas
O acervo inclui registros de lives feitas e gravações caseiras, mas o pen drive com arquivos inéditos causou atrito entre partes envolvidas na administração do legado.
Por Jornalismo Tempo FM
19 de Agosto de 2025 às 12:02
Marília Mendonça segue marcada por sucessos, composições e uma voz inconfundível, e mesmo após sua morte, a cantora fez história batendo novos recordes. Como é o caso da música Leão, lançada em dezembro de 2022, que se tornou a faixa mais ouvida pelos brasileiros na história das plataformas digitais.
Mas o legado da cantora está longe do fim. Segundo Wander Oliveira, empresário e fundador da Workshow, responsável pela carreira de Marília, o acervo é vasto e permitirá lançamentos por pelo menos as próximas duas décadas.
“A ideia é trabalhar 10 músicas por ano. Existem materiais para 20 anos, com folga”, afirmou Wander.
Após o acidente de avião que vitimou na morte da cantora, em novembro de 2021, o material deixado por Marília passou a ser administrados por três frentes diferentes:
Família: representada pela mãe da artista, Ruth Dias, e pelo cantor Murilo Huff, paí de Léo, único filho da cantora.
Som Livre: a gravadora que teve o contrato firmado em 2019, detém os direitos de exploração comercial de tudo já produzido pela cantora.
Workshow: empresa fundada por Wander Oliveira, que sempre gerenciou a carreira da sertaneja.
Os três núcleos precisam atuar em conjunto para preservar a imagem de Marília, cuidar do repertório já conhecido e decidir como divulgar os trabalhos inéditos.
Pen drive
O legado musical de Marília segue ainda gerando disputas entre os responsáveis pela obra dela. Como é o caso do pen drive que guarda boa parte das criações nunca divulgadas da cantora.
Wander conta que o dispositivo foi compilado por Juliano Soares, melhor amigo de composição da sertaneja, e contém entre 100 e 110 arquivos, e conta com composições, registros de voz e violão e até interpretações de Marília para canções de outros artistas.
“Eu não achava que deveria ser meu ou de qualquer pessoa, que não fosse o Léo, o que tem nesse pen drive”, disse Wander, ao afirmar que abriu mão de sua parte nos direitos sobre o material. “Ficou entendido que os meus 50% seriam doados para o espólio. Mas, duas semanas depois, o advogado da família estava na Som Livre negociando o pen drive.”
Além desse acervo, há ainda gravações caseiras feitas pela cantora no celular e registros de lives durante a pandemia, que já renderam o álbum póstumo Decretos Reais, lançado em 2022.