Promoções
Notícias
Notícias
AutomobilismoAviaçãoBem EstarBrasilCearáCiênciaCinemaComunicaçãoConcursosCulturaDestaqueDinheiroDireitos HumanosEconomiaEducaçãoEmpregoEntretenimentoEsporteFortalezaG20InternacionalLazerMeio AmbienteMercadoMundoMúsicaNegóciosPolitica InternacionalPolítica NacionalSaúdeSegurançaServiçoTecnologiaTurismoUtilidade PúblicaVeículosViolência
ProgramaçãoAnuncie
01:18
AO VIVO
Tempo FM 103.9 - O tempo todo com você
Notícias
Notícias→Segurança→Ceará registra 193 vítimas de homofobia e transfobia no primeiro semestre de 2025

Ceará registra 193 vítimas de homofobia e transfobia no primeiro semestre de 2025

Os números referem-se ao primeiro semestre de 2025, mas apenas 11 casos viraram processo judicial

Por Jornalismo Tempo FM
15 de Setembro de 2025 às 08:49

O Ceará registrou 193 vítimas de homofobia ou transfobia no primeiro semestre de 2025, segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). O número representa quase uma ocorrência por dia e um aumento de 13,5% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizadas 170 vítimas.

O mês de junho, marcado pelo Mês do Orgulho LGBTQIA+, concentrou o maior número de registros: 39 ocorrências. Do total, 147 foram de homofobia (alta de 6,5%) e 46 de transfobia (crescimento de 43,7%).

Entre as vítimas, 32,6% se identificam como gays, 15% como lésbicas e 7,8% como bissexuais. Já em identidade de gênero, 40,9% são homens cis, 21,8% mulheres cis e 11,9% mulheres trans. Fortaleza concentra a maioria dos casos: 118.

Para Silvinha Cavalleire, presidenta nacional da União Nacional LGBT, os dados revelam diferentes dinâmicas de violência.

 “Os crimes de homofobia sempre foram mais comuns, porque existe uma conduta moral que normaliza xingamentos homofóbicos. Já a transfobia geralmente está ligada à negação de direitos fundamentais”, afirma.

Apesar dos números, poucos casos chegam ao Judiciário. O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) registrou apenas 11 processos relacionados a intolerância por orientação sexual ou identidade de gênero no mesmo período.

Segundo Mariana Lobo, da Defensoria Pública, a motivação homofóbica ou transfóbica “raramente é destacada como fator relevante”, e há uma tendência de culpabilização da vítima.

“Isso contribui para a desvalorização da vítima e dificulta que o processo tenha continuidade”, critica.

Casos de assassinatos de pessoas trans seguem sem conclusão no Estado, como os de Vivia Paiva (Itapajé, junho/2025), Safira Meneghel (Fortaleza, agosto/2024) e Hérica Izidoro (2017).
 
“Muitos crimes só são investigados após a morte, e mesmo assim nem sempre há apuração ou prisão dos suspeitos”, diz Cavalleire.

Atualmente, o Ceará possui apenas uma unidade especializada, a Delegacia de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou Orientação Sexual (Decrim), que funciona em Fortaleza, em horário comercial.

“A maioria dos crimes acontece à noite ou de madrugada. Defendemos que funcione 24h e que seja expandida ao Interior”, completa Cavalleire.

A SSPDS informou que policiais civis recebem capacitação contínua pela Academia Estadual de Segurança Pública e que, desde 2023, a Decrim instaurou mais de 400 inquéritos em Fortaleza.

Foto: PJ Lopes/TV Verdes Mares
Com informações do O Povo.

Veja mais

Saúde
1.
Inteligência Artificial mostra potencial no combate ao glaucoma
Utilidade Pública
2.
Veja 7 séries que dialogam com a saúde mental
Serviço
3.
Ação terá serviços gratuitos de empreendimento, cidadania e saúde em Caucaia
Aviação
4.
Gol crescerá 8% em voos na alta estação de janeiro de 2026 em Fortaleza
Brasil
5.
Raul Gil é diagnosticado com diverticulite aguda e desidratação
© 2025, Tempo FM 103.9.
Todos os direitos reservados.
(85) 3264-3196tempofm@tempofm.com.br

Desenvolvido por
Ao vivoNotíciasProgramaçãoPromoçõesMais
AO VIVO
Tempo FM 103.9 - O tempo todo com você
AO VIVO
Tempo FM 103.9 - O tempo todo com você