Inadimplência entre as famílias de menor renda alcançou 37,7% em outubro.
Famílias de baixa renda enfrentam maior dificuldade de quitar dívidas.
Por Jornalismo Tempo FM
05 de Novembro de 2024 às 19:54
O número de famílias endividadas recuou, enquanto o de inadimplentes avançou em outubro, segundo mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Entre as famílias de menor renda, a inadimplência alcançou 37,7%, refletindo, conforme os responsáveis pela pesquisa, o impacto dos juros elevados e das condições de crédito mais restritivas sobre o orçamento dos mais vulneráveis, sendo a maior taxa desde outubro de 2023.
Esse aumento ocorreu apesar de uma redução geral do endividamento, que recuou para 76,9%, semelhante ao nível registrado em outubro do ano passado, indicando maior cautela das famílias com o uso de crédito.
Além disso, a parcela de famílias que afirmam não ter condições de quitar suas dívidas em atraso aumentou para 12,6%, também o maior índice desde outubro do ano anterior, refletindo um cenário de dificuldade generalizada para os consumidores.
O cartão de crédito continua liderando o ranking, com 83,5% das famílias endividadas utilizando essa forma de pagamento em outubro, embora tenha apresentado uma queda em relação aos 87% no mesmo mês do ano passado.
O tempo médio de pagamento em atraso entre as famílias inadimplentes subiu para 66 dias em agosto, o maior valor do ano, refletindo a dificuldade das famílias em regularizar suas contas.
O endividamento dos mais pobres foi contra a tendência de queda e aumentou de 78,7% em outubro de 2023 para 80,8% em outubro de 2024. No mês, o aumento foi de 0,4 ponto percentual.
Foto: Reprodução.
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