50% da felicidade vêm de hábitos diários, revela pesquisa de Harvard.

Você já se cuidou hoje?  O que fez para isso? O que fez em seu benefício, antes de fazer algo pelo outro? Quando você se olha no espelho, gosta do que vê?

Não é só dinheiro, sucesso ou relacionamentos perfeitos. A felicidade está ligada a hábitos simples que precisam ser construídos diariamente, revela um novo estudo pela Universidade de Harvard (EUA).

A pesquisa mostra, cientificamente, que é possível ser feliz e ter bem-estar focando em práticas simples do dia a dia como se perdoar, agradecer diariamente pelo que você tem, procurar uma vida mais simples com menos compromissos, fugir de relacionamentos tóxicos e praticar exercícios para aumentar níveis de hormônios da felicidade no cérebro.

“Cerca de 50% da nossa capacidade de ser feliz está relacionada a hábitos intencionais que podemos cultivar diariamente”, diz o estudo de Harvard.

5 passos para alcançar a felicidade

O autoperdão ajuda a reduzir o estresse, a autocrítica e permite aprender com os erros. Técnicas de autocompaixão, como as desenvolvidas por Kristin Neff, ensinam a tratar a si mesmo com a mesma gentileza dedicada a um amigo.

A pesquisa de Harvard mostra que “a vida plena não é ausência de problemas, mas a capacidade de transformar desafios em oportunidades de evolução pessoal”. Aceitar imperfeições e aprender com fracassos abre caminho para uma felicidade mais madura e duradoura.

A prática da gratidão é considerada um dos hábitos mais poderosos respaldados pela ciência. Estudos mostram que pessoas que dedicam alguns minutos diários para reconhecer coisas positivas da própria vida experimentam mudanças cerebrais mensuráveis. “A gratidão ativa regiões do córtex pré-frontal associadas ao bem-estar, enquanto reduz a atividade da amígdala, responsável por processar emoções negativas como medo e ansiedade”, apontam os pesquisadores.

É bom fazer um diário citando as três coisas pelas quais você é grato, diariamente. Lembre coisas simples como a saúde da família, algo que você conquistou, pequenos momentos ou até um café gostoso. isso já gera efeitos positivos no cérebro, no sono, no sistema cardiovascular e nos relacionamentos.

A vida moderna sobrecarrega o cérebro com muitos estímulos. A prática do mindfulness – a prática de focar a atenção no momento presente, observando pensamentos, sensações e emoções sem julgamento – é uma solução científica para combater a fadiga mental. Estudos indicam que a meditação regular aumenta a densidade de massa cinzenta em regiões ligadas à atenção e à regulação emocional. Além disso, ter uma rotina mais simples e reduzir compromissos desnecessários favorece o equilíbrio mental.

O estudo mais longo sobre felicidade, iniciado em Harvard em 1938, concluiu que “relacionamentos de qualidade são o principal preditor de felicidade e saúde”. Robert Waldinger, diretor do estudo, lembra que “não é a quantidade de amigos que importa, mas a profundidade e autenticidade das conexões”. Pessoas com vínculos sólidos vivem mais e apresentam menor risco de doenças e declínio cognitivo.

A prática regular de atividades físicas libera neurotransmissores como endorfina, serotonina e dopamina, com efeitos semelhantes aos de antidepressivos.
Mesmo caminhadas de 30 minutos, três vezes por semana, aumentam o bem-estar, e precisam ser feitas com regularidade.

É preciso praticar técnicas de bem-estar que melhoram o humor, dão maior longevidade, fortalecem o sistema imunológico e criam relações mais satisfatórias.


Foto: Reprodução.