Com a morte do turista paranaense, subiu para quatro o número de pessoas mortas por afogamento em praias do Ceará entre sexta (15) e terça-feira (19).
Duas das ocorrências aconteceram na sexta-feira, feriado da Proclamação da República. Durante a manhã do último dia 15, um tuirista de São Paulo morreu afogado na praia de Porto das Dunas, em Aquiraz, na Região Metropolitana.
Outro afogamento, no período da tarde, também no feriado do dia 15, na Praia do Icaraí, em Caucaia, a 20 quilômetros de distância de Fortaleza, resultou na morte de Cláudio Gerson, de 28 anos. Durante a ocorrência, testemunhas relataram aos agentes que um homem havia tentado ajudar no resgate de uma jovem de 15 anos que também se afogava no local, mas acabou se afogando e desaparecendo no mar. Por volta das 19h30, o corpo de Cláudio Gerson emergiu no mesmo local do afogamento e foi retirado por banhistas.
Já no sábado (16), Lukas Souza, de 30 anos, morreu após se afogar na Praia do Pecém, em São Gonçalo do Amarante.
Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), equipes do Corpo de Bombeiros e da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) foram acionadas para atender um casal que se afogou. Ainda segundo a pasta, o homem foi a óbito no local. Já a mulher, foi socorrida para uma unidade de saúde.
Um turista natural de Curitiba, no Paraná, morreu afogado na tarde de ontem, terça-feira (19), na Praia do Futuro, em Fortaleza. A vítima, de 35 anos, estava em lua de mel na capital cearense.
O homem, que não teve a identidade divulgada, já estava com parada cardiorrespiratória quando os bombeiros realizaram as manobras de reanimação cardiopulmonar. As tentativas foram feitas até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), quando o óbito foi constatado.
No estado, a média de óbitos por afogamento é de 20 por mês. Um índice que pode diminuir se a população se atentar à cuidados essenciais.
Um dos principais perfis observados pelos guarda-vidas são pessoas que ingerem bebida alcoólica e vão para o mar. Nesse caso, a percepção e a orientação tendem a diminuir, aumentando o risco de incidentes. Se o banhista não tiver afinidade na água, o ideal é evitar que a água ultrapasse o umbigo.
Os bombeiros lembram que as chamadas “correntes de retorno do mar” são fenômenos naturais comuns da costa cearense e “puxam” os banhistas para o fundo. Nesses casos, o aspecto da água com pouca ou nenhuma onda pode enganar, e as águas escuras em locais rasos acabam confundindo o banhista.
Como turistas não conhecem as praias e os riscos presentes nelas, a atenção deve ser redobrada.
Algumas orientações importantes:
· Identifique se há placas do Corpo de Bombeiros indicando aos banhistas sobre os riscos das correntes de retorno;
· Não entre na água após ingerir bebida alcoólica;
· Observe se existe alguma equipe de guarda-vidas próxima ao local;
· Procure informações sobre o local, como profundidade e correnteza;
· Nunca deixe crianças desacompanhadas e busque pulseiras de identificação para elas;
· Se for surpreendido por uma corrente de retorno, tente manter a calma e sinalizar para alguém fora da água e nade tangenciado à corrente, nunca contra.
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