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Diretor da Agência Nacional de Mineração é preso pela PF por esquema de exploração ilegal de minério
Caio Mário Trivellato Seabra Filho é apontado como peça-chave de organização criminosa que atuava com fraudes em licenciamento e causava danos ambientais graves
Por Jornalismo Tempo FM
17 de Setembro de 2025 às 11:18
A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (17) o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mário Trivellato Seabra Filho, em Belo Horizonte (MG). Ele é investigado por envolvimento em um esquema de exploração ilegal de minério de ferro, com supostas fraudes em autorizações e licenças ambientais.
A prisão ocorreu durante a Operação Rejeito, deflagrada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e com apoio do Ministério Público Federal e da Receita Federal.
Esquema envolvia corrupção e fraude ambiental
De acordo com a PF, o grupo criminoso atuava corrompendo servidores de diferentes órgãos de fiscalização ambiental, tanto estaduais quanto federais. Em troca de vantagens, esses agentes forneciam documentos falsos, que permitiam a exploração mineral em larga escala, inclusive em áreas tombadas ou de preservação ambiental.
As atividades causavam danos ambientais severos e colocavam comunidades inteiras em risco, segundo os investigadores.
Operação cumpre mandados e bloqueia R$ 1,5 bilhão
Ao todo, a Justiça autorizou o cumprimento de:
79 mandados de busca e apreensão
22 mandados de prisão preventiva
Afastamento de servidores públicos envolvidos
Bloqueio e sequestro de bens no valor de R$ 1,5 bilhão
Além disso, as atividades das empresas envolvidas foram suspensas por decisão judicial.
Diretor é acusado de facilitar fraudes
Caio Mário, que é advogado de formação, ocupava um dos cargos de direção da cúpula da ANM. Segundo os investigadores, ele teria atuado diretamente para facilitar o andamento de autorizações e licenças fraudulentas, beneficiando empresas ligadas ao esquema criminoso.~
Ele é considerado uma peça-chave na operação da organização e responderá por crimes como corrupção, crimes ambientais e lavagem de dinheiro.