Trump anuncia acordo com a China sobre Tik Tok e adia proibição nos EUA
Presidente norte-americano confirma negociação com Pequim e estende prazo para cessão da plataforma até 16 de dezembro
Por Jornalismo Tempo FM
17 de Setembro de 2025 às 10:11
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (16) que chegou a um acordo com a China sobre o TikTok, e com isso, adiou por três meses a proibição da plataforma no país.
"Temos um acordo sobre o TikTok. Cheguei a um acordo com a China, falarei com o presidente Xi [Jinping] na sexta-feira para confirmar tudo", afirmou Trump.
A decisão representa uma nova etapa nas tensões entre Washington e Pequim, que vêm disputando o futuro da rede social no território americano.
Decreto prorroga proibição para dezembro
Trump assinou um decreto presidencial prorrogando, pela quarta vez, o prazo para que o TikTok se adeque às exigências da legislação dos EUA. O novo prazo foi estendido até 16 de dezembro.
Antes disso, o bloqueio da plataforma estava previsto para começar em 17 de setembro.
Entenda o impasse entre EUA e Tik Tok
O TikTok é controlado pela empresa chinesa ByteDance e possui quase 2 bilhões de usuários em todo o mundo. A preocupação central do governo americano é o acesso a dados de usuários por autoridades chinesas.
Em 2024, o Congresso dos Estados Unidos aprovou uma lei determinando que a ByteDance deve vender ou transferir o controle do TikTok para uma empresa americana, sob pena de proibição da plataforma no país.
Acordo prevê controle americano e gestão terceirizada
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, explicou que o acordo inclui a entrada ou ampliação de participação de investidores americanos no TikTok, o que garantiria o controle da operação local.
Outro ponto importante é que a ByteDance deverá confiar a gestão dos dados e da segurança dos conteúdos dos usuários norte-americanos a uma empresa terceirizada, com sede nos Estados Unidos.
Trump afirma que há interesse de compradores
Segundo Trump, grandes empresas americanas estão interessadas em assumir o controle da plataforma:
"Temos um grupo de empresas muito grandes que querem comprá-lo", declarou o presidente.
Embora a ByteDance tenha admitido que colaboradores baseados na China acessaram dados de usuários americanos, a empresa garante que nenhuma informação foi compartilhada com o governo chinês.