Câncer de próstata: vacina brasileira começa a ser testada nos EUA.
A vacina criada por um médico brasileiro é à base de imunoterapia e promete tratamentos individualizados.
Por Jornalismo Tempo FM
26 de Novembro de 2024 às 19:23
A nova vacina evita que o paciente volte a ter câncer de próstata. Ela foi criada pelo médico gaúcho Fernando Kreutz, no Instituto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro. Depois de 25 anos de estudos no Brasil, o imunizante recebeu sinal verde da FDA, Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA.
Ela ativa o sistema imunológico do paciente para prevenir a recorrência, para que a doença não retorne.
Primeiro, fragmentos do tumor do paciente são retirados. Aí, as células cancerígenas são expandidas e modificadas em laboratório. Depois são utilizadas para ativar o sistema imunológico do próprio paciente.
Na semana passada, o primeiro dos 280 voluntários retirou fragmentos do câncer de próstata para fazer a pesquisa em solo norte-americano.
Segundo o doutor Fernando, se tudo der certo, a FDA pode autorizar o registro da vacina brasileira dentro de dois anos.
O câncer de próstata afeta a glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. É o tipo de tumor mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele.
A equipe doutor Fernando Kreutz agora trabalha para entender por que aqui no Brasil a doença parece ter um comportamento diferente do resto do mundo. Os dados compilados nesses últimos seis anos surpreenderam os médicos.
De acordo com padrões internacionais, cerca de 30% dos casos positivos são de alto grau, ou seja, mais agressivos. Mas a média de tumores de alto grau no Inca é quase duas vezes maior.
A expectativa é que os casos de câncer de próstata devem dobrar até 2040.
As duas pesquisas brasileiras podem beneficiar milhares de pacientes nos próximos anos.
E os médicos lembram que, a prevenção, ou seja, procurar o seu médico urologista a partir dos 45 anos, é o melhor a ser feito.
Quem descobre o câncer de próstata cedo tem muito mais chances de enfrentar a doença e ser curado.
Foto: Reprodução.