Dengue: Butantan pede registro de vacina em dose única para Anvisa.
Se o imunizante for aprovado na Anvisa, o Instituto Butantan poderá disponibilizar um milhão de doses já em 2025.
Por Jornalismo Tempo FM
16 de Dezembro de 2024 às 18:44
O combate à dengue pode ter um aliado importante: a vacina em dose única, a primeira no mundo, que está sendo produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo. Para o imunizante chegar aos braços da população, é preciso antes o registro da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Nesta segunda-feira (16), o Instituto concluiu a entrega dos documentos para a análise da Anvisa. Em caso de aprovação, o Butantan poderá entregar cerca de 100 milhões de doses ao Ministério da Saúde nos próximos três anos.
Os ensaios clínicos do imunizante Butantan-DV foram encerrados em junho deste ano, quando o último participante completou 5 anos de acompanhamento. Recentemente, a candidata à vacina teve seus dados de segurança e eficácia divulgados no New England Journal of Medicine, que mostram quase 80% de eficácia geral para prevenir casos de dengue sintomática.
Já os resultados da fase 3 do ensaio clínico publicados na revista The Lancet Infectious Diseases mostraram, ainda, uma proteção de 89% contra dengue grave e dengue com sinais de alarme, além de eficácia e segurança prolongadas por até cinco anos.
Se o imunizante for aprovado na Anvisa, o Instituto Butantan poderá disponibilizar um milhão de doses já em 2025.
Os outros quase 100 milhões de doses poderão ser entregues nos anos de 2026 e 2027. Já a definição dos critérios de vacinação da população deverá ser feita pelo Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional de Imunizações.
Além das medidas preventivas e tecnológicas, os especialistas ressaltam a importância da vacinação em larga escala. A implementação da vacina contra a dengue no Programa Nacional de Imunizações é considerada uma estratégia essencial para aumentar a cobertura e prevenir novas epidemias. Condições climáticas favoráveis, como calor, umidade e chuvas, também facilitam a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, o que reforça a necessidade de políticas públicas eficazes.
Além das medidas preventivas e tecnológicas, os especialistas ressaltam a importância da vacinação em larga escala. A implementação da vacina contra a dengue no Programa Nacional de Imunizações é considerada uma estratégia essencial para aumentar a cobertura e prevenir novas epidemias. Condições climáticas favoráveis, como calor, umidade e chuvas, também facilitam a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, o que reforça a necessidade de políticas públicas eficazes.
A circulação dos subtipos 3 e 4 do vírus preocupa os especialistas, já que grande parte da população ainda não foi exposta a esses tipos virais. A previsão é de que, em 2025, esses subtipos possam retornar, encontrando muitas pessoas suscetíveis à infecção.
Foto: Reprodução.