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Saiba qual o significado do Setembro Azul, mês em prol dos surdos

Organizado pela comunidade surda brasileira, o movimento de âmbito nacional busca visibilidade para a causa

Por Jornalismo Tempo FM
11 de Setembro de 2025 às 09:06

Além do Setembro Amarelo, dedicado à prevenção do suicídio, o mês de setembro também é marcado pelo Setembro Azul, uma campanha nacional voltada para dar visibilidade à comunidade surda brasileira. A iniciativa busca desmistificar a experiência de ser surdo no País e valorizar os marcos históricos e conquistas da categoria.

Origem do Setembro Azul


A escolha de setembro não é por acaso. O mês concentra datas importantes para a comunidade surda, principalmente ligadas à educação e ao reconhecimento de direitos.

Um dos episódios mais marcantes ocorreu em setembro de 1880, durante o Congresso de Milão (6 a 11/09), quando foi proibido o uso das Línguas de Sinais na educação de surdos, decisão que representou um retrocesso mundial.

No Brasil, três datas se destacam:

  • 26 de setembro – Dia Nacional do Surdo, instituído pela Lei nº 11.796/2008. A data remete à inauguração da primeira escola de surdos no Brasil, fundada no Rio de Janeiro pelo professor francês surdo Eduardo Huet.

  • 30 de setembro – celebra-se o Dia Internacional do Surdo e também o Dia do Tradutor Profissional, ambas ocasiões de visibilidade e reconhecimento, ainda que não sejam feriados.

O significado da cor azul


A cor azul carrega um simbolismo histórico para pessoas com deficiência. Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas marcavam com uma faixa azul no braço aqueles que tinham algum tipo de deficiência, destinando-os à morte.

O Setembro Azul ressignifica essa cor, transformando-a de um símbolo de exclusão em um emblema de resistência e valorização. Para a comunidade surda, ela representa vida, potencial e a luta por direitos e inclusão.

Luta pelos direitos da comunidade surda


As mobilizações da comunidade surda no Brasil ganharam força em 2009, quando as Apaes protestaram contra o Parecer 13/2009 do Conselho Nacional de Educação, que obrigava a matrícula de estudantes da educação especial em escolas regulares, sem considerar as particularidades da educação bilíngue.

Outro episódio ocorreu em março de 2011, quando o Ministério da Educação anunciou o fechamento do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) e do Instituto Benjamin Constant (IBC), que atende deficientes visuais. Após pressão e negociação em Brasília, a medida foi revertida. O movimento, porém, reforçou a importância de preservar instituições históricas fundadas ainda no século XIX, durante a regência de Dom Pedro II – o IBC em 1854 e o INES em 1857.

Avanços legais


Ao longo dos anos, o Brasil também avançou na legislação voltada para a inclusão e os direitos da comunidade surda. Entre os principais marcos estão:

  • Lei nº 8.213/1991 – empresas com 100 ou mais funcionários devem reservar vagas para pessoas com deficiência;

  • Lei nº 10.436/2002 – reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como forma oficial de comunicação;

  • Decreto nº 5.626/2005 – regulamenta a educação bilíngue, garantindo ensino em Libras e em língua portuguesa escrita;

  • Lei nº 12.319/2010 – regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete de Libras;

  • Lei nº 14.768/2023 – amplia direitos às pessoas com deficiência auditiva unilateral (surdez total em apenas um dos ouvidos).

O Setembro Azul, portanto, é mais do que uma campanha: é um lembrete da resistência, conquistas e desafios da comunidade surda brasileira, que segue mobilizada por educação de qualidade, reconhecimento cultural e inclusão plena na sociedade.

Foto: Reprodução / Freepik
Com informações do O Povo.

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