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PF prende 'Careca do INSS' e outro suspeito de envolvimento em fraude bilionária em benefícios
Suspeito é considerado o principal operador do esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões.
12 de Setembro de 2025 às 15:00
A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (12) os empresários Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e Maurício Camisotti, suspeitos de envolvimento no esquema bilionário de descontos indevidos em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
As prisões foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Cambota, desdobramento da Operação Sem Desconto. Além das detenções, agentes cumpriram 13 mandados de busca e apreensão em endereços no estado de São Paulo e no Distrito Federal.
A medida atendeu a uma solicitação do deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no INSS. Na semana passada, o colegiado havia protocolado no STF pedido de prisão de 21 acusados, incluindo Antunes e Camisotti.
Nesta sexta, Gaspar comemorou a ação:
“Vitória! Há pouco mais de uma semana pedi a prisão do Careca do INSS e de Maurício Camisotti, a CPMI aprovou o pedido que fiz. Muitos criticaram, dizendo que era cedo. Mas, pelo Brasil inteiro, o povo era roubado e eles estavam na impunidade. A CPI começa a dar resultado. Nós vamos até o fim. Tinham que ser presos. Ninguém aguenta mais tanta impunidade”, afirmou.
Segundo o jornal O Globo, os investigadores identificaram risco de fuga e indícios de ocultação patrimonial, o que reforçou a necessidade das prisões preventivas.
Durante as buscas, foram encontrados carros de luxo, obras de arte, joias, relógios, móveis antigos e dinheiro em espécie. Entre os veículos apreendidos estão uma Ferrari F8 e uma réplica da McLaren MP4/8, modelo pilotado por Ayrton Senna na temporada de Fórmula 1 de 1993.
De acordo com a PF, a ação apura crimes como impedimento ou embaraço de investigação de organização criminosa, dilapidação e ocultação de patrimônio, além da possível obstrução das apurações por parte de alguns investigados.
Antônio Carlos Camilo Antunes foi preso em Brasília e levado para a Superintendência da PF no Distrito Federal. Ele é suspeito de movimentar cerca de R$ 9,3 milhões em propina para dirigentes do INSS, em troca de acesso a dados de beneficiários que teriam sido repassados a entidades envolvidas nas fraudes.
Com informações do Diário do Nordeste.
Foto: Reprodução / Linkedin.
Foto: Reprodução / Linkedin.
