Estruturas irregulares são removidas em ação de reordenamento urbano em Fortaleza

A operação de reordenamento já retirou mais de 100 estruturas que estavam em situação irregular

Por Jornalismo Tempo FM

10 de Setembro de 2025 às 09:30

Mais seis estruturas irregulares foram removidas nesta terça-feira (9) em Fortaleza, totalizando 100 construções já derrubadas pela Agência de Fiscalização da Capital (Agefis) desde o início da operação de reordenamento urbano, em 26 de agosto. As ações se concentram na orla da cidade.

Na fiscalização mais recente, foram identificadas ainda 15 construções em uso como moradia. As famílias não foram retiradas, e, segundo a Agefis, a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Habitacional (Habitafor) dará continuidade às tratativas para incluí-las no programa de locação social.

A primeira etapa ocorreu no bairro Pirambu, com 54 estruturas removidas, e prosseguiu na avenida Dr. Theberge, onde 40 barracas e cercados foram demolidos. Os bairros Cristo Redentor e Barra do Ceará também estão na lista de ações.

As demolições atendem recomendação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), que se baseou em relatório da Agefis de 2022. O documento identificou 62 barracas irregulares apenas na Vila do Mar, considerada Zona de Preservação Ambiental (ZPA). O MPCE afirmou que a situação se agravou nos últimos anos e reforçou a obrigação do Município em zelar pela preservação ambiental.

O superintendente da Agefis, Guilherme Magalhães, destacou que muitas construções foram erguidas sem orientação do poder público e apresentavam riscos.

“Existe um abandono completo. Quando você chegava lá existiam pocilgas, galinheiros… tudo o que você imaginar que pode causar problemas tinham naqueles locais. Inclusive, ocupações que colocam as pessoas em risco, como mesas e cadeiras sobre palafitas sem a menor estrutura, que pode causar dano à população que vai a esse local”, disse.

A operação já começou nos extremos Leste (Sabiaguaba) e Oeste (Barra do Ceará) e deve abranger toda a orla, incluindo a Praia do Futuro e a Praia de Iracema. “O que se tem é um reordenamento, que vai ocorrer de forma isonômica, ele vai ocorrer de forma perene, constante, em toda a orla de Fortaleza. Desde o Marco Zero até a Sabiaguaba”, acrescentou Magalhães.

Após as demolições, a Agefis passará a monitorar as áreas com drones equipados com inteligência artificial, capazes de identificar novas construções irregulares. Os locais receberão limpeza, piso intertravado e melhorias na iluminação.

Segundo a Prefeitura, poderão funcionar nos espaços apenas estruturas volantes, desmontadas ao fim do dia e autorizadas pela Secretaria Regional. Em caso de reincidência, novas demolições serão feitas, mas com aviso prévio para retirada de utensílios.

“Mesmo não estando no escopo da agência, nossos profissionais comparecem antes, conversam com a população para que no dia não haja problema nenhum, inclusive as pessoas possam retirar tudo para que elas tenham o menor dano com relação àquilo, porque elas foram induzidas ao erro anteriormente”, concluiu o superintendente.

Foto: Reprodução / Agefis

Com informações do O Povo.