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IPCA tem queda de 0,11% em agosto, sendo a primeira deflação em um ano, segundo o IBGE
Com os resultados do mês de agosto, a inflação acumula uma alta de 5,13% nos últimos 12 meses. Neste ano, os preços já subiram 3,15%
Por Jornalismo Tempo FM
10 de Setembro de 2025 às 10:56
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, registrou queda de 0,11% em agosto, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma deflação e ficou 0,37 ponto percentual abaixo da taxa de 0,26% observada em julho. Ainda assim, a queda veio menor do que a expectativa do mercado, que previa recuo de 0,15%.
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 5,13%, acima da meta de inflação de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No acumulado de 2025, os preços já subiram 3,15%.
O grupo de Habitação puxou a deflação, com queda de 0,91% no mês e impacto de -0,15 ponto percentual no índice. Segundo o IBGE, foi o menor resultado para um mês de agosto desde o início do Plano Real, em 1994. O principal fator foi a energia elétrica residencial, que recuou 4,21% em razão da incorporação do Bônus de Itaipu nas faturas emitidas no período.
Entre os grupos pesquisados pelo IBGE, seis apresentaram queda em agosto:
Habitação: -0,90%
Alimentação e Bebidas: -0,46%
Comunicação: -0,09%
Transportes: -0,27%
Artigos de residência: -0,09%
Por outro lado, quatro grupos registraram alta:
Vestuário: 0,72%
Despesas pessoais: 0,40%
Educação: 0,75%
Saúde e cuidados pessoais: 0,54%
O grupo Alimentação e Bebidas, que tem grande peso no índice, registrou queda pelo terceiro mês consecutivo, com recuo de 0,46%. Os alimentos consumidos em casa caíram 0,83%, com destaque para tomate (-13,39%), batata-inglesa (-8,59%), cebola (-8,69%), arroz (-2,61%) e café moído (-2,17%). A alimentação fora de casa desacelerou, de 0,87% em julho para 0,50% em agosto.
Nos Transportes, a redução foi de 0,27%, puxada pelas passagens aéreas (-2,44%) e combustíveis (-0,89%). Gasolina (-0,94%), etanol (-0,82%) e gás veicular (-1,27%) ficaram mais baratos, enquanto o óleo diesel subiu 0,16%.
Entre os setores com alta, a Educação avançou 0,75%, influenciada pelos cursos regulares (0,80%), em especial ensino superior (1,26%) e fundamental (0,65%). Os cursos diversos subiram 0,91%, com destaque para idiomas (1,87%). No Vestuário (0,72%), destacaram-se as roupas masculinas (0,93%) e calçados e acessórios (0,69%). Já Saúde e cuidados pessoais subiu 0,54%, pressionado por higiene pessoal (0,80%) e planos de saúde (0,50%).
Em Despesas Pessoais, houve alta de 0,40%, impulsionada pelos jogos de azar (3,60%), reajustados desde 9 de julho. Já cinema, teatro e concerto recuaram 4,02%, reflexo da Semana do Cinema.